terça-feira, 17 de agosto de 2010

Olhos marejados e lábios colados.
Era essa a visão que prevalecia diante de teus olhos.
E todas as noites ela cantava baixinho uma canção que nunca conheceu outros timbres de voz.
“Como eu posso me lembrar de uma vida que nunca vivi?
De um amor que nunca senti?
Eu só sei que ele já esteve aqui; bem próximo de mim.
Eu me pergunto onde e quando eu pude me sentir flutuando.
Talvez em algum lugar além de meu sonho e de minha memória.
Como eu posso me lembrar de olhos que nunca olharam nos meus?
Olhos que dizem me conhecer. Olhos que eu me lembro.
Como eu posso sentir que meu coração é seu?
É assim sempre que eu consigo me lembrar de você.
Eu só consigo te querer.
Mas meu amor, como eu posso me lembrar de você, se você nunca me amou?
Não me pergunte como. Tem sido assim desde que eu consegui me lembrar de você.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário